quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O BELO




                                                   
"O belo consiste naquilo que, sem nenhuma intelectualização é objeto de uma satisfação do espírito”. Pois o belo fundamenta-se numa emoção sensível devida a sensibilidade estética que todo indivíduo tem na própria alma, certa sensibilidade de achar as coisas belas. A sensibilidade estética é captada pela consciência toda; é, pois uma percepção emocional que contempla um determinado objeto da natureza ou da arte. O belo apresenta um complexo de imagens combinadas entre si que causam na Essência da alma humana determinada sensações e emoções de satisfação e bem-estar.
                                     
                                           HISTÓRIA      

     Como sabemos, o belo e o feio fazem parte do estudo da estética desde os tempos mais remotos. Foi na Grécia Antiga que precisamente começou as discussões sobre o belo. A arte incorpora nos debates sociais do povo grego como forma de reflexão. Poetas, dramaturgos, escultores e arquitetos começavam a desempenhar suas atividades com mais vigor e ânimo, a era do agradável iniciava em meio as conturbadas revoluções que a Filosofia trazia para o mundo grego.

Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta: O que é o Belo? O belo é identificado com o bem, com a verdade e a perfeição. A beleza existe em si, separada do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na idéia suprema de beleza. Neste sentido criticou a arte que se limitava a "copiar" a natureza, o mundo sensível, afastando assim o homem da beleza que reside no mundo das idéias.

Aristóteles concebe a arte como uma criação especificamente humana. O belo não pode ser desligado do homem, está em nós. Separa todavia a beleza da arte. Muitas vezes a fealdade, o estranho ou o surpreendente converte-se no principal objetivo da criação artística. Aristóteles distingue dois tipos de artes:
a) As que possuem uma utilidade prática, isto é, completam o que falta na natureza.
b) As que imitam a natureza, mas também podem abordar o que é impossível, irracional, inverossímil.
O que confere a beleza uma obra é a sua proporção, simetria, ordem, isto é, uma justa medida.
Durante a Idade Média, a arte estética desempenha um papel mais voltado para o sagrado. O sacro vai tomar conta do espaço e arte vai render-se aos caprichos da Igreja Católica. Na era das trevas, a pintura mundana e escandalosa desaparece por completo. É permitido apenas esculturas de santos e imagens que retratam a vida dos santos. Por esta razão, é nessa mesma época que surgem inúmeros protótipos da feição de Cristo e da Virgem Maria, retratam um Cristo totalmente imaginário e fantasioso, um garboso homem de pele clara, cabelos loiros e olhos azuis, identificando-se muito com o povo europeu. Aparecem às imagens piedosas e clementes que vão ocupar os altares das majestosas catedrais, a arte está toda envolvida na construção de belas igrejas e vitrais.

Santo Agostinho nascido em Tagaste (na atual Argélia), foi poeta, filósofo., teólogo, pastor e santo. É considerado o doutor da graça. Concebeu a beleza como todo harmonioso, isto é, com unidade, número, igualdade, proporção e ordem. A beleza do mundo não é mais do que o reflexo da suprema beleza de Deus, onde tudo emana. A partir da beleza das coisas podemos chegar à beleza suprema (a Deus).

São Tomás de Aquino é mais conhecido como Doctor Angelicus, o filósofo que mais escreveu sobre os anjos. Identificou a beleza com o Bem. As coisas belas possuem três características ou condições fundamentais:

a) Integridade ou perfeição ( o inacabado ou fragmentário é feio)
b) A proporção ou harmonia (a congruência das partes)
c) A claridade ou luminosidade. Como em Santo Agostinho, a beleza perfeita identifica-se com Deus. 



                                               MULHERES E DEUSAS        

     Busca o encontro da feminilidade original e da mulher essencial no encontro com a Deusa esquecida... Está exclusivamente vocacionado para o conhecimento alargado da consciência do Sagrado Feminino na sua dimensão ontológica.

CONHECER A DEUSA, É CONHECER O MISTÉRIO DA MULHER